quinta-feira, 7 de julho de 2011

Jornal de Notícias

Ex. Mo Sr. Diretor,
Escrevo-lhe para manifestar a minha estranheza face a uma notícia, publicada no jornal que vexa dirige tão digna como esmeradamente, que “informa” que o cidadão Paulo Futre foi o maior “beneficiado” no conjunto de votos nulos do ato eleitoral da passada semana. A notícia, chamemos-lhe assim, refere que o número de votos nulos foi de 75.281, porém, nada diz sobre a quantidade de votos em que era manifestado o apoio a Futre ou nos quais constava o seu nome. Se 2, 50, 1.ooo ou 75.000, já que, ao que é citado na dita notícia, este nosso concidadão terá ficado muito satisfeito. Ora não referir o número de eleitores, dos tais 75.281, que escolheriam Futre, em contraponto com a pura e simples anulação do seu voto, não é, não pode ser, despiciendo, porque Paulo Futre pode achar que a manifesta simpatia de dois votantes lhe chegava para deixar o seu ego nas cercanias do Céu. E se foram 75.000? De qualquer modo ficou Futre e nós todos, os portugueses, sem saber se tal demonstração de simpatia é ou não suficiente para ele se abalançar para uma candidatura, próxima ou distante, à presidência da República, por exemplo. E nós mesmos vamos ficar sem saber se, em tal hipótese e conhecedores do número daqueles que pelo menos nestas eleições o “apoiaram”, ele está bom da cabeça ou se seguro de uma estrondosa vitória. Não acha, Sr. Diretor?
Bem sei que nos tempos que correm, ou seja, num tempo em que um País, a Líbia, está a ser bombardeada em nome - e nem me atrevo a questionar a assertividade da medida - de uma luta entre bons e maus, a nós cidadãos, que até nos achamos capazes de utilizar aquele bocado do nosso corpo a que alguém um dia, não sei bem porquê, chamou cérebro, até ao dia de hoje, não nos foi dado saber quem são, onde estavam, o que querem – adivinhamos que a morte de Khadafi – como apareceram, etc., de forma a justificar que assistamos como zonzos à destruição do País de África que tinha um tão elevado nível de vida. Bem sei, nós, os cidadãos que apreciam o silêncio, não somos capazes de pensar que há direitos que fogem do âmbito do que o nosso juízo apelida, sim apelida, de natural. Háde ir longe, quem assim pensa…..!
Sabedor de que vexa me desculpará o atrevimento,
José Luís Moreira dos Santos
Rua Maurício de Almeida, nº 8
3860 – 505 Pardilhó - Estarreja
B.I.Nº.4940090
Cont. nº. 137419457

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